Distrações

Southampton, UK
Sempre quando minha cabeça começa a borbulhar com ideias (de vídeos, novos textos, fotografia ou qualquer outra coisa) eu começo a me entupir de distrações, começo a olhar um monte de vídeos bonitos, adiciono vários livros na minha lista para ler, coloco música para tocar - coloco essas milhões de distrações para evitar pensar e realmente colocar em prática.

Nunca tinha parado para pensar nisso, nessa atitude, que acontece quase que automaticamente e o problema é o que logo sucede essa ação: comparação, medo, não me achar bom suficiente nunca.

Nunca vou conseguir escrever uma história como essa.
Nunca vou fazer estes vídeos.
Nunca vou ser reconhecido como essa pessoa.

Bullshit. Mas é verdade, nunca. Porque essas pessoas não são eu. E nem eu serei uma dessas pessoas, não há fórmula, não há como copiar. Nunca vou conseguir escrever a mesma história, nem os mesmos vídeos, nem o mesmo reconhecimento - esse é um caminho individual, e assim tem que ser. Afinal eu sou o Igor e ainda que com esse medo e com essa dúvida constante de sucesso, espero que eu consiga colocar para fora esses pequenos fogos de artíficos que aparecem, que eu não apague essa chama com milhares de distrações de outras vidas que são diferentes da minha.

E talvez seja essa a vontade de correr para os confins, para o fim do mundo, para longe das distrações que afastam de quem eu posso ser.


(foto tirada em um dia muito pacato enquanto visitava alguns amigos do j. em southampton)

Comentários

  1. e o doido é que muitas vezes a gente só quer aquele empurrãozinho que ajude a dar um norte, como colocar em prática etc e no fim vira só isso mesmo. malditas cabecinhas pensantes demais.

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