Chegamos à última semana desse experimento, em que eu tentei ver a minha rotina criativa com outros olhos e perceber onde eu estava falhando, além de me esforçar para criar o que quer que fosse. Teve dias que eu criei, teve dias que eu não fiz nada, teve dias que baixei aplicativos e perdi um tempão, isso tudo para olhar de cima e perceber que o processo de construir novos hábitos não é linear.
Ao mesmo tempo, é muito difícil apenas relaxar, não tornar nossos hobbies alvo de ser produtivo e apenas aceitar que "podemos perder tempo não sendo incrivelmente bons", qual a necessidade de ser bom o tempo inteiro? Por que não consigo permitir ser vulnerável com as minhas criações, com o erro e tentativas?

Tem dias que tinha tanto tempo de sobra que eu não sabia o que fazer, e o impulso de pegar o celular é sempre muito forte. E as vezes que isso aconteceu tentei não me culpabilizar, mas simplesmente entender que é um hábito "ruim" que eu preciso deixar de lado (e coloco ruim entre aspas, porque pode não ser algo ruim para outras pessoas).
Ao mesmo tempo, é muito difícil apenas relaxar, não tornar nossos hobbies alvo de ser produtivo e apenas aceitar que "podemos perder tempo não sendo incrivelmente bons", qual a necessidade de ser bom o tempo inteiro? Por que não consigo permitir ser vulnerável com as minhas criações, com o erro e tentativas?
Um novo hábito que percebi esse mês e que quero implementar é: fazer uma coisa de cada vez. Ler um livro por vez e não seis, assistir a uma série sem ter o celular por perto, conversar com pessoas sem distrações de outras mensagens.
Foi legal fazer esse experimento de refletir sobre meu processo criativo e o tempo que realmente dedico a criação, ainda há um longo processo pela frente, mas perceber estas últimas semanas de algum modo girou alguma chavinha dentro da minha cabeça.
Agora sigo pensando o que eu vou fazer para o mês de outubro.
Às vezes eu tenho a sensação de que a pressa dessa nova geração em querer as coisas tão rapidamente nos causa um mal-estar inexplicável.
ResponderExcluirTenho uma relação de amor e ódio ao trabalhar de home office, porque muitas vezes fico com tempo livre e acabo entediado sem saber o que fazer. Outras vezes, eu sei o que fazer e não faço por pura procrastinação.
Essa é a dicotomia da vida moderna.
Ultimamente, estou igual a você: lendo vários livros e fazendo duas coisas ao mesmo tempo (o que já não acho possível fazer com qualidade). Espero encontrar um meio de lidar com isso também! kkk
Nossa, totalmente! E a gente vive nessa cobrança constante de estar fazendo algo produtivo, mas sem necessariamente curtir com calma, né?
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